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08/03/2017

MULHERES: Parceria traça diagnóstico de haitianas em MT e busca oferecer cursos

Publicado por Sinait - Delegacia Sindical de Mato Grosso  |  Sem comentário

Objetivo é qualificar para que conquistem emprego formal ou desenvolvam atividades com base na economia solidária

As mulheres, no geral, já têm mais dificuldade que os homens para conseguir emprego. Imagine se, acrescentado a isso, elas forem negras, de baixa escolaridade, pobres e estrangeiras? Encontra-se um caso grave de vulnerabilidade social.

Cientes da grande dificuldade das imigrantes em Mato Grosso, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Centro de Pastoral para Migrantes, a Delegacia Sindical de Mato Grosso do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (DSMT Sinait) e a Universidade Federal de Mato Grosso estão desenvolvendo um diagnóstico com essas mulheres, com a finalidade de buscar qualificação para elas e contribuir para inserção no mercado de trabalho.

O primeiro encontro da equipe de trabalho com as imigrantes foi realizado no último sábado (04/03), no Centro de Pastoral para Migrantes, quando participaram 79 mulheres, sendo 76 haitianas, duas cubanas e uma venezuelana. A ideia foi apresentar a proposta e buscar organizar um método para traçar o diagnóstico da realidade delas. Ontem (07/03), começou uma rodada de entrevistas individuais e cadastramento das interessadas.

Segundo a presidente da DSMT Sinait, representante dos auditores-fiscais do trabalho, Marilete Mulinari Girardi, o objetivo da “roda de conversa com as mulheres é detectar as maiores demandas para cursos, que possibilitem a inclusão no mercado formal de trabalho ou até mesmo outras formas de renda, com qualificação para trabalharem individualmente ou em grupos”.

A iniciativa do diagnóstico partiu da consultoria da OIT em Cuiabá, que havia observado a condição degradante em que vivem os haitianos no Brasil, desde 2013, quando houve o auge das construções de imóveis em função da Copa Mundial de Futebol, e foram encontrados trabalhadores, inclusive, em condição análoga a de escravos.

Não sendo possível encontrar esses trabalhadores para acompanhar a reinserção deles no mercado de trabalho, foi proposto trabalhar com um grupo ainda mais vulnerável: as mulheres. “Os homens até que conseguem emprego, as mulheres, não”, avalia a gestora de projetos da OIT em Cuiabá, Simone Ponce.

As mulheres em questão vieram para o Brasil, em busca de melhores condições de vida, pois já não tinham, em seu país de origem, elementos exigidos para o mercado de trabalho. A maioria delas tem apenas o ensino fundamental e desenvolviam atividades elementares, como venda de alimentos e costura de roupas. Além disso, boa parte delas não fala ainda a língua portuguesa.

Na roda de conversa, em perguntas gerais, foi previamente detectado que apenas 10% delas trabalham com carteira assinada e pouco mais de 10% têm nível superior. Em contrapartida, quase 70% delas têm filhos.

A coordenadora da Pastoral, Eliana Vitaliano, conta que as haitianas precisam de uma atenção maior desde que chegaram ao Brasil, em 2012. “Sempre foi nossa preocupação a colocação no mercado de trabalho das mulheres. Oferecer a elas alguma forma concreta de renda”, narra Eliana.

Para conseguir adesão das imigrantes, foi necessária a mobilização do Projeto de Extensão ‘Saúde do Migrante Haitiano’, desenvolvido há três anos pelo Instituto de Saúde Coletiva da UFMT. “Como nós temos maior vínculo com esse público, foi possível fazer a divulgação para as mulheres participarem”, explica a coordenadora do projeto, Maria Ângela Conceição Martins.

Após detectados quais cursos as imigrantes precisam, conforme suas habilidades – seja de limpeza, seja de estética, seja de confecção de roupas, seja de produção e venda de alimentos – a proposta entrará em nova etapa: a busca de parceiros para ministrarem esses cursos.

A ideia é que elas tenham condições de concorrer ao mercado formal de trabalho, bem como tenham elementos para se organizarem no modelo de economia solidária. “A perspectiva solidária é que elas se organizem. Se a habilidade é fazer comida, veja que interessante se produzissem cada uma em sua própria cozinha e vendessem juntas!”, projeta, otimista, a representante da OIT, Simone Ponce.

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