O movimento tende a ganhar mais força em razão da aprovação do relatório da reforma trabalhista nesta quarta-feira, 28, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania – CCJ do Senado. Mesmo com todos os argumentos que foram apresentados pelos senadores contra as mais de 200 alterações na legislação trabalhista, o governo foi insensível e atuou fortemente pela aprovação. A matéria, agora, vai à votação no plenário da Casa.
“Só a pressão popular pode mudar essa história”, avalia o presidente do Sinait, Carlos Silva. Para ele, a população tem que mostrar ao governo que não quer a reforma e que já entendeu que somente os trabalhadores e os pobres serão prejudicados. “Não podemos aceitar que o Congresso rasgue a CLT, que destrua os direitos conquistados com tanta luta. Se perdermos esses direitos, levará muito tempo para, talvez, restabelecê-los. Muitas décadas de luta mais”.
Por ser contra a reforma trabalhista e a reforma previdenciária, contra a lei da terceirização, o Sinait e as Delegacias Sindicais aderem à Greve Geral e participaram das manifestações e atos públicos programados em todo o país. “O Sinait não terá expediente nesta sexta-feira, por uma questão de coerência. Não podemos ser contra apenas na palavra, temos que expressar nossa posição na prática”, diz Carlos Silva.
As Delegacias Sindicais receberam materiais para a participação nas atividades em seus Estados e os Auditores-Fiscais do Trabalho estão convocados para comparecer e se juntar aos demais trabalhadores do serviço público e da iniciativa privada que irão às ruas. “A categoria faz duras críticas às medidas propostas nas reformas e vai, mais uma vez, dizer isso publicamente”, segundo o presidente do Sinait.
Carlos Silva ressalta que a reforma trabalhista ainda pode ser derrotada no Plenário do Senado. “Isso vai depender da força da mobilização popular. Estamos lutando para que o projeto seja rejeitado. Acredito que isso ainda pode acontecer”.
Fonte: Sinait
30.6.17
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