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10/07/2017

Após chacina de 9 em MT, coveiro se antecipa e trabalha para abrir novas covas

Publicado por Sinait - Delegacia Sindical de Mato Grosso  |  Sem comentário

O coveiro Valdinei Carço abre em Colniza mais uma cova no chão de terra vermelha,
ao lado de outra, recém-aberta. 
(Foto: Ahmad Jarrah/Repórter Brasil)
Mato Grosso - Em um dia de aparente tranquilidade, sem velório ou enterro, o coveiro Valdinei Carço abre mais uma cova no chão de terra vermelha, ao lado de outra, recém-aberta. Os buracos seguem uma fila linear, trabalho que ele exibe com orgulho.

Túmulos à espera de um dono não eram comuns até a última chacina em Taquaruçu do Norte (distrito de Colniza), em 19 de abril, quando nove homens foram executados em disputas de terra. Carço enterrou cinco. "Tinha gente demais, até atrapalhava o trabalho", diz, sobre o tumulto daquele dia. Por isso, diz, decidiu se antecipar à próxima chacina, tema de conversas na pacata e hostil Colniza.

Do tamanho dos Estados de Sergipe e Alagoas juntos, com 34.885 habitantes, Colniza não é para iniciantes. O município, localizado a mil quilômetros de Cuiabá (MT), recebeu o título de mais violento do país em 2007, mesmo ano em que três trabalhadores rurais foram mortos e outros dez, torturados, segundo a CPT (Comissão Pastoral da Terra).

"A violência impera em Colniza", diz Cristiano Cabral, coordenador estadual da CPT. O medo acua até os que lutam pelos direitos da terra, como é o caso de Cabral.

Ele só aceitou falar com a Repórter Brasil um mês depois da chacina. Na conversa, se lembrou de outro crime que chocou a cidade, quando duas lideranças rurais foram assassinadas depois de denunciarem a ligação de políticos e policiais com a extração ilegal de madeira à Ouvidoria Agrária Nacional. "Ali tudo gira em torno dos conflitos agrários, que envolvem trabalhadores, grileiros, fazendeiros, empresários, milícias e políticos", diz.

Taquaruçu no corredor da morte 

Por denúncia anônima, a notícia da chacina alcançou o delegado Edison Ricardo Pick 24 horas depois do crime. "Aqui é difícil até de compor um inquérito. As pessoas não falam. Têm medo de dar informações e de se tornarem alvo de ameaças", diz Pick.

Outra razão para a demora é que Taquaruçu não dispõe de sistema de telefonia nem de rede elétrica. Isso obriga os moradores a se deslocarem até o distrito mais próximo, a cerca de 30 km.

Os primeiros relatos sobre o crime trazia  traziam a informação de que crianças e idosos estavam entre os mortos. Policiais militares e civis só começaram a se deslocar para o local do crime no dia 20.

O trajeto de Colniza até Taquaruçu, zona rural próxima à fronteira de Rondônia, conta 250 km de estrada de terra. Nem o aplicativo Google Maps encontra a rota. A viagem pode levar de 16 horas a três dias, variando de acordo com as chuvas, que favorecem derrapagens e atolamentos. (Thais Lazzeri e Raíssa Genro, Repórter Brasil)

Leia aqui matéria completa no link.


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