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De janeiro a julho deste ano 82 pessoas foram encontradas em situação análoga à escravidão em MT. (Foto: Auditoria Fiscal do Trabalho ) |
Este ano, fiscais da SRTE realizaram 6 operações no estado e destas, 3 foram consideradas algumas das maiores já feitas em Mato Grosso. “Resgatamos 30 trabalhadores de uma só vez em Nova Maringá (400 km a médio norte de Cuiabá), em uma empresa multinacional. Depois resgatamos 23 trabalhadores em uma fazenda em Nova Santa Helena (622 km ao norte) e mais 20 em Terra Nova do Norte (675 km ao norte)”, diz o superintendente da SRTE, Amarildo Borges de Oliveira.
O resgate dos 30 trabalhadores, até o momento, é considerado o maior realizado no país neste ano. As vítimas trabalhavam no manejo da soja para a multinacional chinesa COFCO Agri, indústria de processamento de produtos agrícolas com sede nacional em São Paulo e instalações em todo o país. Além dos 30 trabalhadores resgatados, um estava em tratamento de saúde por ter sofrido acidente de trabalho e segue vinculado à empresa.
A empresa foi autuada pela SRTE em abril deste ano e em julho assinou, junto ao Ministério Público do Trabalho (MPE), um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) que previa o pagamento de R$ 2 milhões em indenização e a adequação da conduta da empresa à legislação. “Em 2016, durante todo o ano realizamos 11 operações, em 19 estabelecimentos diferentes, resgatando 20 trabalhadores. O número parece pouco, mas o grande diferencial é que nas ações deste ano, a quantidade de trabalhadores resgatados de uma só vez foi assustadora”, explica Oliveira.
Já nas outras 3 operações realizadas neste ano, foi resgatado um trabalhador em Confresa (1.160 km a nordeste), 4 em Nova Guarantã do Norte (685 km a oeste) e 4 em São Félix do Araguaia (1.200 km a nordeste). “Geralmente o resultado das operações apresenta números baixos, mas que são de extrema importância para a SRTE, já que de qualquer forma pessoas estão sendo retiradas da escravidão contemporânea”, diz o superintendente, que acrescenta que o trabalho é feito pelos fiscais ainda em condições inadequadas.
Fonte: Elayne Mendes, jornal A Gazeta
16.8.17
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