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04/09/2017

Coetrae/MT está com as atividades paralisadas e integrantes reivindicam devolução de dinheiro do fundo estadual

Publicado por Sinait - Delegacia Sindical de Mato Grosso  |  Sem comentário

A análise da auditora-fiscal do trabalho Marilete Mulinari, presidente da DSMT do Sinait, o momento é de reunir apoio para reivindicar a devolução dos recursos do Fundo Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo em Mato Grosso.
(Foto: Anderson Pinho)

A paralisação das atividades da Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo de Mato Grosso (Coetrae/MT) foi tratada na abertura do seminário. A Comissão não está atuando na prevenção e combate ao trabalho escravo porque seus integrantes decidiram parar as atividades depois que o governo do Estado de Mato Grosso confiscou, arbitrariamente, mais R$ 1 milhão do Fundo Estadual de Combate ao Trabalho Escravo, criado para custear as ações de prevenção e combate ao trabalho escravo.

Esse recurso é oriundo do cumprimento de Termos de Ajustamento de Condutas (TACs) e Ações Civis Públicas (ACPs) relativas ao período de 2009 a 2014. Já houve até tentativas de reaver junto ao governo do estado os recursos para investimentos em políticas públicas, mas nada efetivamente foi executado. Desde a sua implantação, a Coetrae/MT não avança em suas tarefas operacionais.

De acordo com o auditor-siscal do trabalho Amarildo Borges de Oliveria, superintendente Regional do Trabalho em Mato Grosso, em junho passado o governo prometeu devolver o dinheiro em 60 dias, e até o momento o dinheiro não foi devolvido.

Para os participantes do seminário, a atitude do governo revela o seu interesse em prejudicar o combate ao trabalho escravo no Estado em favorecimento do agronegócio, principal atividade econômica de Mato Grosso. Segundo Amarildo, mais de 50% dos resgates feitos no Brasil de janeiro a julho de 2017 foram em Mato Grosso, totalizando 82 ações.

Encaminhamentos

Entre os encaminhamentos do seminário estão a realização de uma reunião no Centro Pastoral para Migrantes com o intuito de discutir estratégias para reaver o dinheiro da Coetrae. Esta sugestão partiu da representante da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Elisabeth Flores. Além disso, ela defendeu que é preciso se pensar em como resolver as causas que contribuem para a ocorrência de trabalho escravo, e apontou a concentração de terras como o principal fator que contribui para o aumento deste crime, sugerindo a necessidade urgente da reforma agrária. 

Uma reunião itinerante da Coordenação Executiva do Movimento Ação Integrada e do Instituto Ação Integrada (INAI) com integrantes da Coetrae e do Grupo Interinstitucional de Apoio à Erradicação do Trabalho Escravo (Gaete), para tratar de estratégias que articulem o retorno e fortalecimento da rede de proteção e prevenção ao trabalho escravo no Estado  de Mato Grosso. A sugestão para o MAI ser interlocutor desta situação foi do auditor-fiscal Valdiney Arruda e foi acatada pelo presidente do Sinait, Carlos Silva, uma das entidades que integram e comandam o movimento.

Seminário definiu encaminhamentos pela solução da situação da Coetrae/MT (Foto: Anderson Pinho)
Uma nota pública também foi elaborada para posterior assinatura das entidades participantes do encontro. O documento denuncia a falta de recursos humanos e orçamentários para a erradicação do trabalho escravo em Mato Grosso e será divulgado em breve.

A delegada sindical do Sinait, Marielete Mulinari, encerrou o seminário avaliando que o encontro foi resultado de um esforço coletivo e que atingiu seu objetivo. “As contribuições colhidas aqui serão utilizadas para que a Coetrae/MT de fato possa atuar na prevenção e no combate ao trabalho escravo em Mato Grosso”, destacou.

Participaram também do seminário vários trabalhadores imigrantes, a maioria deles haitianos.

Anderson Pinho (DS/MT) com informações de Lourdes Marinho, da Assessoria do Sinait




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