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04/09/2017

Cortes de verbas para fiscalização impedem operações fiscais de combate ao trabalho escravo

Publicado por Sinait - Delegacia Sindical de Mato Grosso  |  Sem comentário

Segundo o presidente do Sinait, Carlos Silva, não há verbas para fiscalização da Auditoria-Fiscal do Trabalho (Foto: Anderson Pinho)
O presidente do Sinait, Carlos Silva, participou do painel que tratou dos desafios da fiscalização na atual conjuntura. Ele falou dos cortes no orçamento da fiscalização do trabalho que prejudicaram, principalmente, o combate ao trabalho escravo e infantil.

O dirigente também relatou o corte de verbas para outras instituições que combatem o trabalho escravo, como a Justiça do Trabalho, no ano passado. Ele disse que não há interesse do governo em erradicar o trabalho escravo e o corte de verbas é o recurso mais recorrente utilizado pelo governo para enfraquecer a fiscalização.

Ele criticou a omissão do Ministério dos Direitos Humanos e da Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae), entidade ligada a este ministério. Segundo Silva, a Conatrae tem deixado a desejar. “O Sinait tem levado inúmeras denúncias à Conatrae e nada tem sido feito”, relatou.

Carlos afirmou que as investidas para enfraquecer o combate ao trabalho escravo vêm desde 2012, depois que a fiscalização na área urbana foi intensificada e começaram a aumentar os casos de trabalho escravo na construção civil e na indústria têxtil. “Foi aí que começaram as tentativas de mudança do conceito de trabalho escravo no Congresso Nacional, patrocinadas por grandes grupos ligados à indústria da construção civil”, afirmou.

Para Carlos Silva não há interesse político em erradicar o trabalho escravo no país e nem em preservar as leis que protegem o trabalhador. “A reforma trabalhista é um exemplo disso, absolutamente inconstitucional e que vai contribuir para o aumento dos casos de trabalho escravo no país assim como a terceirização”, avaliou.

Ele informou que as operações de resgate de trabalhadores no país vêm diminuindo, e que os números revelam isso. As operações de resgates caíram em 40%, bem como os estabelecimentos inspecionados, enquanto os resgates caíram em 75%. “Quero deixar aqui o meu apelo a todos vocês, colegas e representantes da sociedade, para juntos cobrarmos das autoridades competentes que esse trabalho não pare. Fica aqui mais uma vez renovada a nossa disposição para enfrentar o trabalho escravo e garantir os direitos constitucionais dos trabalhadores”.

Para o auditor-fiscal do trabalho em Mato Grosso, Ney Costa, que participou do painel fazendo um relato da atuação da fiscalização no estado, que já foi modelo para o país e hoje conta apenas com três auditores para fazer este trabalho. Por isso espera-se que os encaminhamentos do encontro possam fortalecer as ações de fiscalização, mesmo num cenário desfavorável.

O auditor-fiscal do trabalho em Mato Grosso, Nei Costa, faz um panorama da situação dos auditores no Estado. (Foto: Anderson Pinho
 Neste sentido, ele sugeriu que os auditores-fiscais voltem o seu olhar para as “populações invisíveis” e a intensificação da fiscalização das jornadas exaustivas para combater os acidentes de trajeto que têm vitimado trabalhadores extenuados.

O representante da Polícia Rodoviária Federal em Mato Grosso (PRF/MT), Jefferson Conturbia Neves, foi outro participante do painel. Ele disse que a PRF pode atuar em ações preventivas, como palestras e panfletagens e também usar o seu serviço de inteligência para fazer ações especializadas para constatar trabalho escravo.

Conturbia informou que o superintendente da PRF deu sinal verde para eles se aproximarem mais da Inspeção do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho para, juntos, atuarem no combate a este crime rentável, que é o trabalho escravo.

O PRF informou que denúncias de trabalho escravo podem ser feitas ao grupo de inteligência da PRF e à Comissão Regional de Direitos Humanos da PRF.

Para a representante da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Elisabeth Flores, além de combater o crime do trabalho escravo é preciso se pensar formas de como a sociedade pode se organizar para defender essas entidades que combatem o trabalho escravo e que estão sendo atacadas.

Anderson Pinho (DS/MT) com informações de Lourdes Marinho, da Assessoria do Sinait




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