O Auditor-Fiscal do Trabalho e chefe do Setor de Fiscalização de Segurança e Saúde da Superintendência Regional do Trabalho de Minas Gerais - SRT-MG Marcos Botelho informa que continuam interditadas as obras de drenagem e acostamento junto às ombreiras do dique de sela da Barragem Casa de Pedra, da CSN, em Congonhas/MG.
“Apesar da CSN apresentar novos documentos durante reunião na Superintendência Regional do Trabalho de Minas Gerais – SRT/MG com os Auditores-Fiscais e representantes da empresa, ainda faltam muitas ações a serem implementadas até que possa ser suspensa a interdição lavrada”, informa o Auditor-Fiscal.
De acordo com o Auditor-Fiscal do Trabalho, ainda não é permitida nenhuma atividade na barragem, como operação, manejo de rejeitos já lançados e a execução da obra. Ele acrescentou que, uma vez que o primeiro item da lista de irregularidades, que levaram à interdição e que trata da segurança dos trabalhadores que executam a obra, não está sendo cumprido, a obra não deveria ter sido retomada e que a fiscalização lavrará auto de infração pelo desrespeito à interdição.
Botelho informou ainda que a CSN apresentou listas de presença de seus trabalhadores em capacitação realizada no dia 13 de outubro com apenas uma hora de duração “Entendemos ser pouco para a parte teórica e prática, que deveria ser uma simulação”, explica. Além disso, vários empregados não participaram e o curso foi ministrado por pessoa sem a especialização necessária.
Os Auditores-Fiscais questionaram estes pontos e a falta de clareza das rotas de fuga, apresentadas por meio de fotos de qualidade ruim, dificultando a visualização.
Outra questão que será analisada pelos Auditores-Fiscais refere-se ao risco que correm os trabalhadores que realizam o manejo. “Em Mariana, quando do rompimento da barragem de Fundão, parte da barragem de Germano foi afetada, mostrando-nos que até pontos mais distantes da barragem podem ser afetados e atingir trabalhadores que estejam trabalhando sobre os rejeitos, que é o caso do manejo, quando máquinas e caminhões podem trafegar sobre os mesmos”, ressaltou Marcos Botelho.
Fonte: Lourdes Marinho e Andrea Bochi, do Sinait
17.10.17
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