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Titular do Ministério dos Direitos Humanos, Luislinda Valois aguarda o cartão vermelho na reforma ministerial. |
O esfriamento das relações entre a ex-magistrada e o peemedebista foi medido por assessores próximos ao Gabinete presidencial. Apesar de pedidos, Temer tem, sistematicamente, negado audiências à assessora. Valois entrou nas cotas do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e de Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo). Ambos considerados ‘carta fora do baralho’ por integrantes do núcleo político do Planalto. Mesmo no PSDB, o papel de Luíslinda Valois tem sido absolutamente secundário. Em nota do governador Marconi Perillo, de Goiás, candidato à Presidência do PSDB, ela sequer é citada.
Diárias suspeitas
No comunicado de Perillo, Imbassahy e Aloysio Nunes (Relações Exteriores) são “competentes, responsáveis, comprometidos e idealistas”. A “mulher preta, pobre e da periferia”, como se autointitula a secretária de Temer, não foi mencionada. Há duas semanas, no entanto, Valois ganhou notoriedade ao cobrar do governo diárias referentes a um final de semana sem compromissos oficiais que passou em Salvador (BA), onde tem residência.
A juíza aposentada viajou para a capital baiana em uma quinta-feira, dia 27 de julho, em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Ela foi destacada para representar a Presidência da República na posse de um juiz do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) da Bahia. No dia seguinte, Valois visitou uma escola pública, ainda na capital baiana. No sábado (29) e no domingo (30), porém, não havia qualquer agenda oficial da servidora. O retorno para Brasília ocorreu no domingo a noite, segundo o Ministério.
Aumento de salário
Luíslinda, no entanto, solicitou ao Tesouro Nacional o pagamento de três diárias e meia durante o período que passou na capital baiana. Na segunda-feira (31) do mesmo mês, Luislinda foi ressarcida em R$ 1.985,19, segundo o Portal da Transparência.
No início deste mês, a juíza reformada voltou ao noticiário. Desta vez, quando foi divulgado o pedido que ela fez ao governo federal para acumular seu salário integral com o de desembargadora aposentada, o que daria R$ 61,4 mil. Entre suas justificativas, ela ressaltou que trabalhar sem receber contrapartida “se assemelha a trabalho escravo”.
Fonte: Correio do Brasil
16.11.17
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