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O Ministério Público do Trabalho de São Paulo (MPT-SP) denunciou a varejista por irregularidades na cadeia de fornecedores da empresa, que faz parte do grupo multinacional Inditex. |
Segundo sentença assinada pelo desembargador Ricardo Artur Costa Trigueiros, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, em São Paulo, "é impossível" aceitar a ideia de que a Zara não sabia o que estava acontecendo nas oficinas de costura, em uma espécie de "cegueira conveniente".
"Desde 2012, a Zara vinha tentando anular os autos de infração de auditores fiscais do Ministério Trabalho que registraram trabalho análogo ao escravo em oficinas que costuravam para a marca em 2011. Para isso, processou a União com uma ação anulatória", informou o Ministério Público do Trabalho, em nota. Na sentença, publicada no dia 8 de novembro, o desembargador afirma que a Zara fez mais do que ignorar deliberadamente o que se passava nas oficinas terceirizadas, como a Aha Indústria e Comércio.
"A cadeia produtiva da Zara empregou a Aha como entreposta, no esforço de evitar seu flagrante envolvimento com mão de obra em condições análogas às de escravo", observa o texto. Como consequência da condenação, a empresa pode ter seu nome incluído na chamada "lista suja" do trabalho escravo, que é divulgada pelo Ministério do Trabalho. Procurada, a Zara Brasil informou, em nota, que vai recorrer da decisão "sobre a responsabilidade da companhia no caso isolado de julho de 2011". A empresa declara que "essa situação não reflete o sistema da cadeia de produção da Zara, que é supervisionado pelo MPT".
Fonte: Jornal do Comércio
16.11.17
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