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23/01/2018

14 anos da Chacina de Unaí - Auditores-Fiscais do Trabalho protestam contra impunidade de mandantes

Publicado por Sinait - Delegacia Sindical de Mato Grosso  |  Sem comentário

O protesto integra as ações da Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, que conta também com o
relançamento do Movimento Ação Integrada, exposição fotográfica e debate com trabalhadores resgatados

O Sinait promove um ato público nesta quarta-feira, 24 de janeiro, para marcar os 14 anos da Chacina de Unaí. Pelo segundo ano consecutivo, os Auditores-Fiscais do Trabalho, familiares das vítimas e cidadãos que exigem JUSTIÇA  farão o protesto em frente à sede do Tribunal Regional Federal da 1ª Região – TRF1, em Brasília, onde tramitam os recursos dos mandantes do crime, que buscam a anulação das sentenças.

O crime, ocorrido em 28 de janeiro de 2004, teve repercussão internacional, e mesmo condenados em 2015, os mandantes Antério Mânica, Norberto Mânica, Hugo Alves Pimenta e José Alberto de Castro continuam em liberdade. Cada um recebeu uma pena de reclusão perto de 100 anos. Hugo teve sua pena reduzida por ter feito acordo de delação premiada. Entretanto, em razão de serem réus primários recorrem da sentença em liberdade.

Enquanto a vida deles corre normalmente, as famílias e os Auditores-Fiscais do Trabalho questionam: “QUANTO TEMPO MAIS VAMOS ESPERAR?”.

Os Auditores-Fiscais do Trabalho Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva, e o motorista Ailton Pereira de Oliveira, foram assassinados à queima roupa, quando se dirigiam para fiscalizar uma fazenda na região de Unaí (MG). 

Até agora, somente os executores do crime estão presos. Condenados em 2013, eles cumprem suas penas em dois presídios de Minas Gerais. Rogério Alan Rocha Rios e William Gomes de Miranda estão reclusos na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. Erinaldo Vasconcelos, preso na Penitenciária José Maria Alckimim, em Ribeirão das Neves, está em regime semiaberto desde 7 de março de 2017.

Relançamento do Movimento Ação Integrada

Neste dia 23 de janeiro foi relançado o Movimento Ação Integrada –(MAI), que é uma conjugação de esforços entre instituições que atuam nacionalmente no combate ao trabalho escravo para fortalecer, consolidar e implementar iniciativas que eliminem a vulnerabilidade de trabalhadores, por meio da alfabetização, profissionalização e formação cidadã, entre outras. Criado por Auditores-Fiscais do Trabalho no Mato Grosso, o MAI foi adotado pelo Sinait, que tem empreendido ações no sentido de ampliar seu alcance. O relançamento é mais uma atividade de fortalecimento desta iniciativa que agregou mais parcerias nos últimos anos.

Desde sua criação, em 2009, o Movimento já atuou junto a milhares de trabalhadores vulneráveis e outros resgatados. No Mato Grosso, por exemplo, a iniciativa já atuou com 2,2 mil trabalhadores, destes 665 eram resgatados e 1.580 vulneráveis. Do total, 665 já foram qualificados.

Em Açailândia, Maranhão, somente em 2016, foram atendidas 1.462 pessoas, sendo que 1.161 receberam assistência psicossocial e encaminhamento para políticas públicas e 301 receberam assessoria jurídica.

Exposição fotográfica

O Sinait também realiza, de 26 de janeiro a 16 de fevereiro, uma exposição fotográfica no Espaço Cultural no térreo do Shopping Venâncio 2000, em Brasília (DF). Composta por 32 fotografias do Auditor-Fiscal do Trabalho e fotógrafo Sérgio Carvalho, a mostra estará aberta à visitação do público no mesmo horário de funcionamento do centro de compras. São flagrantes feitos durante as fiscalizações das equipes do Grupo Especial de Fiscalização Móvel, coordenadas por Auditores-Fiscais do Trabalho, que fazem a repressão ao trabalho escravo no Brasil.

Debate com participação de resgatados 

Para falar do trabalho escravo no Brasil, nada mais apropriado do que conversar com as próprias vítimas. No dia 6 de fevereiro, ainda como parte das atividades da Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, a Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo - Conatrae promove o evento  “Vozes da Escravidão Contemporânea: correntes invisíveis, marcas evidentes”, quando ocorrerá um debate com a participação de quatro trablhadores resgatados, no Memorial do Ministério Público Federal, na Procuradoria Geral da República - PGR. Um painel sobre a “Impunidade, o desafio do combate ao trabalho escravo”, também fará parte das atividades. A mesa contará com representantes do Ministério Público Federal-  MPF, da Conatrae, do SINAIT, e do Poder Judiciário.

As Delegacias Sindicais do Sinait nos Estados também realizarão atividades relativas aos 14 anos da Chacina de Unaí e ao combate ao trabalho escravo, entre os dias 29 de janeiro e 2 de fevereiro.

Todas as atividades fazem parte da Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, que engloba as ações pelo Dia do Auditor-Fiscal do Trabalho e Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, ambos celebrados em 28 de janeiro. A Chacina de Unaí foi a motivação para a instituição das datas.

Fonte: Lourdes Marinho, Sinait

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