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A declaração foi do presidente do Senado, Eunício Oliveira, em reunião com parlamentares e lideranças sindicais. (Foto: Sinait) |
O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB/CE), disse que a pauta da Previdência ficará para os presidenciáveis. A declaração foi dada aos dirigentes sindicais que integram a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência, durante reunião na tarde desta terça-feira, 27 de fevereiro, na Presidência do Senado.
Mais de 75 dirigentes de entidades que integram a Frente, a exemplo do Sinait, foram pedir ao senador que a Proposta de Emenda à Constituição – PEC 287/2016, que trata da Reforma da Previdência, não seja incluída na pauta do Senado em 2018. O encontro, que contou com representantes sindicatos de servidores públicos e de trabalhadores, foi agendado pelo coordenador da Frente, senador Paulo Paim (PT/RS).
A declaração de Eunício Oliveira foi uma resposta ao presidente do Sinait, Carlos Silva, que durante o encontro questionou o retorno da matéria à pauta do Senado após as eleições.
De acordo com Eunício, por enquanto, “nenhuma PEC tramitará nas duas Casas enquanto houver a intervenção no Rio de Janeiro. Qualquer tramitação deste tipo de matéria está suspensa e se acontecer será invalidada e voltará para sua origem”, afirmou o presidente.
Ele reforçou que sua decisão está amparada pelo ato que baixou enquanto presidente do Congresso Nacional. A mensagem é um recado ao governo, que tem pensado em manobras para suspender a intervenção, visando uma possível votação da PEC.
O senador disse ainda que esteve com o presidente Michel Temer e alertou que ele deveria retirar a pauta da Previdência de discussão, por ser um tema que a população não quer.
Para os dirigentes sindicais, que participaram da reunião, esta foi a decisão mais sensata, uma vez que eles entendem que a reforma é desnecessária. Todos concordam que a reforma é contraproducente e que precisa ser discutida/debatida por quem vai disputar o voto em 2018.
As lideranças sindicais agradeceram a atuação dos parlamentares presentes à reunião para barrar a Reforma. Segundo eles, a ajuda do Senado foi importante para os avanços e conquistas da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência.
Carlos Silva agradeceu em nome dos Auditores-Fiscais do Trabalho o empenho do Senado e dos integrantes da Frente. Ele também atribuiu as vitórias em defesa da Previdência ao esforço conjunto e reforçou o que disse o presidente do Senado. “Nós, como Auditores-Fiscais do Trabalho, todos os dias constatamos o que o senhor disse ao presidente Michel Temer. Para sair desta pauta da Previdência, que não é o que o povo quer”, afirmou.
Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP), que participou da reunião, lembrou que “o Orçamento fechou com redução do déficit de R$ 18 bi para R$ 14 bilhões, sem aprovar a Reforma. Isso mostra a mentira deles sobre a necessidade da reforma”, argumentou.
Eunício está otimista. Segundo ele, “os índices da economia refletem crescimento de 2 a 3 por cento. “Espero que este déficit vá sumir para não ter mais argumentos para justificar a Reforma”, avaliou.
Além do presidente Carlos Silva, participou da reunião, pelo Sinait, a vice-presidente, Rosa Maria Campos Jorge. Dirigentes da ANPT, Anamatra, Anfip, Sindifisco Nacional, Sindireceita, Sinal, entre outros, estiveram presentes.
Lourdes Marinho, do Sinait
28.2.18
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